11 junho 2006

Que óculos tens hoje?

Sonhar e levantar voo pelo céu!
Ou os sonhos cairem e o mergulho ser até ao mais fundo abismo!

será tudo uma questão de positivo e negativo?

Porque é o ser humano um bicho tão vulnerável, sujeito às intempéries que se vão cruzando?
Quem nos fez pode ter tido um pensamento genial, mas no toca às fragilidades...enfim...deixou um pouquito a desejar. Será?
Ou simplesmente é uma forma de nos obrigar a crescer, vivendo com aquilo que mais nos atormenta, de modo a sabermos aceitar em nós o inaceitável?

É tudo tão relativo. Será que essa parte de nos aceitarmos depende exclusivamente de nós, ou também da forma como nos habituamos a que olhassem para nós?
O inconformismo face ao imutável, dará origem à frustração ou à vontade mais forte de transformar o que ainda ninguém ousou?
Claro que em terapia, diria que isso depende da forma como interpretamos a situação. E provavelmente consegue ser mesmo assim, linear...
O porquê de interpretarmos assim é que já daria origem a uma narrativa de vida!
Faz tudo parte do ontem, do hoje e do amanhã.

O nosso mundo, ou a visão dele, será sempre moldada consoante os "óculos" que vamos pondo. Uns dias mais rosa, outros mais negro, mas o que é certo é que as lentes nunca são completamente transparentes, porque ou mudam de cor consoante o que nos vai na alma, ou ampliam ou reduzem o que percepcionamos.

Que bichinho complicado, não?

Isto já me faz lembrar um site de letras...mas enfim, há coisas que têm mesmo de ser partilhadas!

Pó-de-arroz
Na face das pequenas
Será beleza apenas
Só uma corzinha

Sim, pó-de-arroz (Pó, ahaa)
Rosa é, mulher o pôs
E um homem vai nas cenas
Eva e Adão outra vez

É como alindar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

[CHORUS]
Pó-de-arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta
Com pó-de-arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal quando chegas
Com todo o teu arroz
Todo o teu arroz

Pó-de-arroz
Tens hoje só p'ra mim
Pós de pirlim-pim-pim
E és um arroz-doce

Sim, pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás o meu algoz

Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar-me o arroz

Carlos Paião

Desabafos!

Não sentem que, por vezes, existem momentos da vossa vida em que se sentiram a planar à espera de um vento novo que vos faça ambicionar voar de novo?