28 dezembro 2006

Quem és tu de novo?

Ando com vontade de escrever há já algum tempo...mas sempre que começava ou deixava para rascunho ou acabava mesmo por fechar a janela e deixar para depois!
Mas penso que desta é de vez. Vamos ver se não é mais uma tentativa que acaba como uma folha amachucada num caixote do lixo informático qualquer!

O ano está a acabar...
É verdade, penso que é do conhecimento geral :)
Claro que depende sempre de quando consideramos que o ano começou...Sinceramente neste ano que passou, ou que está agora a terminar, consigo encontrar vários inicios, términos, recomeços, pausas, fast forwards e por aí fora!

Mas a aproximação de determinadas datas antecipam emoções...
Sei que todos os anos, as sensações são e serão sempre diferentes. O que vivi, o que virá, o que estou neste momento a passar deixam sempre a expectativa do proximo passo, da próxima encruzilhada, do novo desafio ou obstáculo que vai acabar por aparecer.
Mas este ano é um misto de curiosidade com desapontamento!
É estranha esta ambiguidade, esta ambivalência.
É mesmo a vontade de saber o que vem depois, do que irá acontecer, mesmo tendo a certeza de que entrei numa nova fase em que nada se irá transformar como no ano de 2006...

Parecem lamurias, e se calhar até o são um pouco! Ando à procura de um motivo para tudo isto, para ter de me levantar todos os dias às 8h13 da manhã, ligar o rádio, vestir, tomar o pequeno-almoço, lavar os dentes, fazer a cama, desligar o rádio, pegar nas coisas, abrir a porta, fechar e trancar a porta, entrar no carro, ir até às Caldas, trabalhar até pelo menos às 17h, voltar para a Foz, tomar banho, comer, dormir...e voilá...tudo recomeça.
É estranho!!!
Falta qualquer coisa.
Falta a época de frequencias, a casa cheia, as cartadas, as noitadas sempre que apetece, o poder hoje não ir às aulas, ver filmes até o dia amanhecer...
Mas sei que ainda há mais!

A vida muda, e os objectivos têm que ser outros.
E claro que é no final do ano que há que repensar em tudo isto. No que já não tenho...mas acima de tudo o que fazer com o que tenho agora!

Afinal o que quero eu para 2007?
Declaro aberta a época de reflexão de 2006 e a construção de objectivos para 2007!!!!

01 novembro 2006

Querer é poder ou Poder é controlar?

Estou para aqui farta de pensar como hei-de pôr isto em palavras...
Tenho tido uma sensação de impotência no que concerne ao controlar/ dominar o meu cerebro irrequieto...
Porque será que quando nos sentimos mais fragilizados o nosso cérebro se tenta apoderar do resto de bom senso que ainda nos resta?
Isto quer dizer, que quando estamos mais vulneráveis, o nosso cérebro vem de mansinho e...TAU! Começa a divagar nos pontos mais fracos, nas incertezas, no que nos torna mais humanos. E depois?
Depois é o resultado! É aquela neura insuportável...e depois?
É o ter de encontrar as receitas milagrosas para sair dela. As mil e uma invenções para contrariar tudo o que ele nos diz.
Claro que quando temos formação nesta área a coisa ainda se torna mais complicada. É o saber como acontece, como se faz para deixar de acontecer, e no entanto...lá está ele a achar que manda! E o pior é que muitas vezes leva mesmo a melhor.

Mas claro que nem tudo é como ele quer! Era só o que faltava.
Há destes momentos, em que preciso de divagar, de conseguir pôr em palavras tudo isto...todo este turbilhão. E afinal até resulta, porque com este devaneio, com esta concretização semântica (UAU!) consigo contruir a ideia e muitas vezes encontrar a saida.
E o que terão voces a ver com isto?
Sinceramente nada! Mas também não creio que exista nestas coisas do blog uma obrigação de ter de ir até ao fim...
Mas se forem, já agora, espero que sirva para alguma coisa. Que mais não seja para verem como estou errada!
Uma das coisas boas destas coisas dos blogs é mesmo podermos escrever tudo o que nos dá na real gana e estarmo-nos a lixar para quem vem depois...
Afinal quem tem a password sou eu!

Pensamento: "Presunção e água benta, cada um toma a que quer"...eu hoje embebedei-me...

17 julho 2006

Phoenix - If I Ever Feel Better

É impossivel não vibrar ao ouvir este som...
Fiquei viciada!
Levantem-se, ponham o volume no máximo e PLAY!


09 julho 2006

Construtores de Cabanas

Já lá vai algum tempo mas cá estamos de novo...

Isto de escrever na 1ª pessoa do plural deve ter sido um mau hábito que apanhámos quando faziamos um trabalho, um tanto extenso, mas que até admitimos que nos deu gozo.
Até aprendemos umas coisas giras, novas e que nos abrem perspectivas de futuro.
No entanto, escrever nesta condição desagrada-nos...
Recomeçando.


Já lá vai algum tempo mas cá estou de novo...
Tenho estado a estudar para a última e derradeira cadeira deste longo percurso académico. A disciplina designa-se de Técnicas Cognitivo-Comportamentais para Crianças e Adolescentes, que não deve dizer muito, mas não estão sós nessa luta!
Sem me querer estender muito, tem que ver com o tratamento ou intervenção em Crianças e Adolescentes com problemas.
É um bocado deprimente, por percebermos que existem realmente crianças, (principalmente crianças, porque já sabemos que de uma forma ou doutra os Adolescentes têm sempre alguns "assuntos a resolver") que se preocupam ou sofrem com outros assuntos que não o brincar, divertir ou mesmo com os malditos T.P.C..
Claro que, se pensarmos bem, existem aquelas crianças que vivem em países devastados pela guerra, ou em bairros degradados, ou ao abandono (mesmo na condição de viverem com os seus pais), ou em qualquer outra forma que não é a aconselhada.
Isto já está a ir por um caminho que eu não queria...
O que eu queria mesmo dizer, é que existem crianças que vivem limitadas e que não têm a oportunidade de experimentar tantas coisas boas, e outras más, mas que as fariam tão mais completas. Quer dizer, acho eu!
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", quem sabe se jogar 20h de consola por dia, ter 8h de aulas e 12h de explicação e ainda praticar um desporto ou tocar um intrumento musical não as preencherá da mesma forma que me preencheu a mim os jogos das escondidas nocturnos com os miudos todos da Encosta do Sol, ou os milhentos acampamentos que fiz nos escuteiros, ou mesmo as horas que tinha livres para não fazer absolutamente NADA!

Dou por mim fascinada ao ouvir os meus amigos a contarem-me as aventuras deles das suas infâncias. Das brincadeiras, dos jogos, das partidas, dos amigos...
Chego mesmo a esquecer-me de quão brutal foi a minha infância!
Acho que quando os ouço, consigo sonhar e viajar à realidade deles..Conhecem a sensação?
Sinto os meus olhos a brilharem, um sorriso rasgado e uma atenção extrema a todas as palavras mágicas que ouço.

A última vez que experimentei esta sensação foi há bem pouco tempo, quando alguém que me tem feito sorrir com muita frequência, me contou das suas aventuras na cabana que tinha construido com os amigos de infância. O que faziam, o que planeavam, como se metiam em trabalhos e como conseguiam sair deles.
Deu-me a sensação de estar a conhecer alguém que tinha experimentado a liberdade e a possibilidade de viver o mundo, com todos os seus ingredientes e sem grandes preocupações.
Havia algo melhor do que chegar a casa depois de um dia de aventuras? Aquele cansaço que motivava o dia seguinte?

E hoje? Ainda é possível ser construtor de cabanas?
Como esse alguém referiu...
"Em vez de fazerem cabanas, preferem as birras!"

Será bom ser criança nos dias de hoje?


11 junho 2006

Que óculos tens hoje?

Sonhar e levantar voo pelo céu!
Ou os sonhos cairem e o mergulho ser até ao mais fundo abismo!

será tudo uma questão de positivo e negativo?

Porque é o ser humano um bicho tão vulnerável, sujeito às intempéries que se vão cruzando?
Quem nos fez pode ter tido um pensamento genial, mas no toca às fragilidades...enfim...deixou um pouquito a desejar. Será?
Ou simplesmente é uma forma de nos obrigar a crescer, vivendo com aquilo que mais nos atormenta, de modo a sabermos aceitar em nós o inaceitável?

É tudo tão relativo. Será que essa parte de nos aceitarmos depende exclusivamente de nós, ou também da forma como nos habituamos a que olhassem para nós?
O inconformismo face ao imutável, dará origem à frustração ou à vontade mais forte de transformar o que ainda ninguém ousou?
Claro que em terapia, diria que isso depende da forma como interpretamos a situação. E provavelmente consegue ser mesmo assim, linear...
O porquê de interpretarmos assim é que já daria origem a uma narrativa de vida!
Faz tudo parte do ontem, do hoje e do amanhã.

O nosso mundo, ou a visão dele, será sempre moldada consoante os "óculos" que vamos pondo. Uns dias mais rosa, outros mais negro, mas o que é certo é que as lentes nunca são completamente transparentes, porque ou mudam de cor consoante o que nos vai na alma, ou ampliam ou reduzem o que percepcionamos.

Que bichinho complicado, não?

Isto já me faz lembrar um site de letras...mas enfim, há coisas que têm mesmo de ser partilhadas!

Pó-de-arroz
Na face das pequenas
Será beleza apenas
Só uma corzinha

Sim, pó-de-arroz (Pó, ahaa)
Rosa é, mulher o pôs
E um homem vai nas cenas
Eva e Adão outra vez

É como alindar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

[CHORUS]
Pó-de-arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta
Com pó-de-arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal quando chegas
Com todo o teu arroz
Todo o teu arroz

Pó-de-arroz
Tens hoje só p'ra mim
Pós de pirlim-pim-pim
E és um arroz-doce

Sim, pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás o meu algoz

Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar-me o arroz

Carlos Paião

Desabafos!

Não sentem que, por vezes, existem momentos da vossa vida em que se sentiram a planar à espera de um vento novo que vos faça ambicionar voar de novo?

31 maio 2006

Vai já passar...

Guarda alguns sonhos meu bem
Dos que não caiem no chão
Dos que não partem nas horas de solidão
Guarda a criança meu bem
Nas linhas claras da mão
Onde vozes cantem espantem a escuridão
E enquanto é cedo, brincam os dias
Pouco importa fora das fantasias
Quando algum medo, estrela vazia
Deixar sem segredos toda a poesia!
Não te aflijas que tudo vai, vai já passar, vai já passar meu bem...
Tudo vai, vai já passar, vai já passar eu sei!
Guarda-te bem meu bem que o bem é pouco e já lá vem
O quem é quem, o tem não tem, o mundo inteiro e o ninguém
Não te aflijas que tudo vai, vai já passar, vai já passar meu bem...
Tudo vai, vai já passar, vai já passar eu sei!
Vai, vai já passar meu bem...
Vai, vai já passar meu bem...


Quinteto Tati

26 maio 2006

Porque nem todos os dias o sol nasce...

"Temos dificuldade em compreender nos outros aquilo que não somos capazes de viver" (in Catarina ou o Sabor da Maçã")

O livro começa assim, com esta frase. É prometedor não?
Há determinadas frases que encontramos que nos fazem encontrar sentido no que não conseguimos explicar ou encontrar quaquer tipo de justificação. Sentido se calhar não será o melhor termo, mas talvez uma espécie de tranquilização, de pensar "afinal isto é normal, não sou só eu que vejo o mundo desta forma."

Mas esta frase em especial, neste periodo, faz-me ainda pensar que não é só nos outros que não conseguimos compreender, por vezes, não é possível compreender em nós mesmo o que estamos a viver. Tudo é passado de um modo tão intenso, que o rumo que escolhemos para nós torna-se pouco nitido, às vezes chega-se mesmo a perder o norte.

Claro que os farois e as estrelas não deixam de estar presentes, mas tudo o resto parece difuso. Como conseguiremos alguma vez compreender o que terá passado pela cabeça daquela pessoa para nos infligir tal coisa? O que estará a pensar? A sentir? Que sentido encontra?
Como se estruturou novamente?

Naturalmente, que olhar para o lado só nos distrai de olhar para a frente, de tentar equilibrar os nossos passos ou mesmo de evitar ir contra um obstáculo. Como uma estrela me disse um dia "mesmo que não consigas ver o que vem depois, agarra-te a esse fio condutor, e deixa-te ir, mesmo que por vezes não saibas porquê".
(As palavras se calhar não eram exactamente estas...mas o conteúdo está lá!)

E porquê todo este drama?
Porque hoje me sinto assim...como que o sol não tivesse nascido. Como que nenhum dos seus raios me tenha tocado, e permitido que me sentisse viva.
Hoje sobrevivi!
Mas sei que amanhã terei uma nova oportunidade de renascer!

24 maio 2006

Alvorada!

It´s the final countdown....

Tururu turururu turururu

It´s the final countdown.

23 maio 2006

O Sobral Cid é por onde?


"Nenhum de nós será livre enquanto um de nós estiver preso..."

As coisas que o doctor House nos ensina. Não, não apenas a ter um humor muito especial, ou que é possivel viver mesmo com "uma perna às costas"...e lá está de novo o meu sangue venenoso a fervelhar de contentamento...com estas pequenas coisas!!!
A quem ler isto...não sei se deverão fazer muito esforço para compreender...porque há coisas, como alguém inexistente me disse, não são para compreender!
Parece que estou um pouco alterada...se calhar devia recorrer a um técnico, profissional de psicologia!!! ahahahaha. Até porque parece que acabei de exibir a minha fase maníaca do mês.
Tenho a dizer-vos que isto de ser alterado, tem que se lhe diga. Há um monte de conceitos e de factores que precisam de ser aprendidos e mantidos para que tudo corra na perfeição:) Se não quem acreditaria em nós?
Isto do acreditar tem que ver com o que queremos ver e às vezes com o que sentimos.
Estou a ler "Catarina ou o sabor da maçã" que retrata um pouco o que vemos, compreendemos, sentimos, por quem e como...uma visão um pouco fria, porque afinal de contas, pode ser uma pessoa em questão, mas é sempre mais do que um corpo, é sempre uma identidade diferente que em algum aspecto há-de fazer match point, não?
Para além do mais, procurar viver algo intensamente, muitas vezes faz-nos viver fora da realidade, como que a planar...não se tornando possivel, muitas das vezes racionalizar, "desdobrarmo-nos" para nos conseguirmos ver no momento e vive-lo ao mesmo tempo.
Pois, isto não deve ser muito compreensivel para quem está a ler o meu devaneio...
O livro é fininho e tem as páginas grossas...para os mais preguiçosos é um livro fácil! Para os experts é uma entrada antes de ler uma saga de 5 volumes do Stephan Lawhead do Ciclo Pendragon :)
Ok, mas não era de todo a minha intenção fazer um programa cultural tipico do canal 2.
Era só conseguir pôr cá fora algumas coisas...
Nem me importo muito que não façam sentido, às vezes têm de sair mesmo assim.
As grandes experiencias são aprendidas no maior dos sofrimentos, penso eu de que! Pelo menos é o que me têm dito, e eu acredito...porque me estou a desenvolver! Eu vou ser grande! ehehehehe
Mas pronto já chega, vou só dizer mais uma coisa, que não é minha, mas que encontrei no outro dia, no meio de um artigo que estava a ler (agora estou a mostrar que sou intelectual e que até me interesso.lol)

"Mais importante do que um acontecimento em particular é, sem dúvida o que fazemos com ele" (Lima,2004)

20 abril 2006


À escala da nossa vida, o que é realmente importante?
Os fragmentos que permitimos que fiquem - quer por saberem bem ou por doerem demais - vão reflectindo as suas cores, os seus tons, os seus sabores.
O tempo vai ditando o ritmo e as oportunidades de ganharmos mais um reflexo no nosso vitral.
A luz é medeada pela intensidade com que partimos cada pedaço.
No entanto, se insistimos em criar mais fragmentos de um mesmo fragmento, arriscamo-nos a que tudo fique reduzido a pó. E do pó pode renascer um novo vitral...mas nunca igual ao original.